Pensando sobre trabalho pastoral

Pensando sobre trabalho pastoral.
Muitas vezes a carreira ministerial é pesada, a última metáfora que me ocorreu sobre algumas pregações dominicais:
Um homem franzino com uma marreta de 8 quilos na mão, e diante de uma parede imensa de concreto ele golpeia, golpeia e golpeia. Ao fim do dia ele olha para a parede de concreto com vontade de ver o trabalho realizado, ele percebe que mal arranhou aquela estrutura. Pensar que logo logo terá que pegar na marreta de oito quilos novamente sem perspectiva de avançar no trabalho de quebrar aquela estrutura o deixa muito exausto mentalmente e fisicamente.
Ele não tem quem o ajude, mas a cobrança pela eficiência e resultados de seu trabalho tem muitas vozes: “vamos, coloque força nessa marreta!” “Segure mais firme, quem sabe algo vai acontecer” “sua técnica de segurar marreta e bater é boa, mas sinto que lhe falta algo.”
O pobre marreteiro olha para seu trabalho e faz de tudo para atender às demandas dos que o observam e lhe cobram. Ele busca ajuda de especialistas, se aconselha com marreteiros de outras regiões, participa de congressos e treinamentos nas suas férias, mas em todos os lugares os marreteiros vem sofrendo as mesmas pressões, e até marreteiros mais antigos, com mais experiência vem reclamando de que as cobranças por um trabalho mais eficiente vem sobre eles também, o que fazer? Muitos marreteiros sem esperança para o futuro tem abandonado as marretas, ou pior, tem tirado a própria vida. Frustração, cansaço, desesperança, medo, cobranças, incertezas... que triste. Todos os dias temos notícias de marreteiros que atentaram contra a própria vida.
Ore por seu pastor. Cuide dele e de sua família. Talvez essa metáfora não faça nenhum sentido pra você, eu entendo que assunto de marreteiros não interesse muito ao concreto.
Isso é só uma metáfora.
Um abraço, PrJM

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