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Mostrando postagens de março, 2009

Casulos, lagartas, borboletas... Fases da vida.

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Hoje eu estava andado por aí e pensando na vida, aliás, não tem jeito melhor de pensar a vida do que andando por aí... Andando por aí é que a vida se revela como ela é, um passo após o outro, e assim segue a vida passo a passo. Pensar a vida passo a passo a torna mais leve, e mais bela, bela e leve como uma borboleta... Pensando a vida andando por aí me mostra como são belas as cores que compõem meu cotidiano, mas só dá para perceber as cores se sairmos e andarmos por aí... As borboletas são belas porque são livres, suas cores são determinadas pelas cores das flores que a cercam... Como são lindas as borboletas! Às vezes não dá nem pra acreditar que um dia foram lagartas, (que transformação!) Andando por aí encontramos muitas borboletas, algumas já com as cores das flores, lindas e belas... Outras, porém, ainda no casulo... Tipo sem aparência alguma, sem expressão. Como é duro não ter expressão... Ou lidar com que não tem... Mas ainda encontramos borboletas em seu estado mais terrível,

As marcas de uma história interrompida...

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Este texto brotou em meu coração hoje quando eu fui pegar uma doação em um apartamento com um amigo e a dona estava lá, daí ela falou-nos um pouco do que aconteceu e culminou na doação daqueles móveis. Ela havia se separado e tinha vendido quase tudo para pagar as contas, não tinha mais como se manter, pois tinha uma filha de um ano e oito meses e o pai da menina não estava dando pensão. Quando cheguei lá e comecei olhar o apartamento e via muitas marcas, apesar de estar praticamente vazio, estavam lá, espalhadas por todo lado, muitas marcas, muitos sinais. Estas marcas contavam na minha mente uma história, uma história que por algum motivo, justo ou não, foi interrompida. Elas contavam a história de um lar desfeito, de uma mulher marcada e de uma menininha que ainda tão pequena está experimentando a dor de uma história com um final inesperado, uma história interrompida. Em cada cômodo daquele apartamento havia uma parte desta história, nos quartos as marcas das camas, dos armários, do

Perguntas e respostas

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Eu nunca fui lá estas coisas na escola, sempre fiz muita bagunça... Dizem as más línguas que até coloquei fogo na escola uma vez, não me lembro disso... Mas eu me lembro dos colegas que tinha lá na escola João Jazbik, era uma turma boa, tinha o Juruna, o Augostinho, o Messias, e muitos outros. Mas tinha um que era o meu melhor amigo, o Antonio de Pádua, ele morava na minha rua, e tinha este nome por causa do santo Antonio, o santo casamenteiro. Eu me lembro que nós não gostávamos muito das brincadeiras mais populares da escola, futebol, pique corre, bandeirinha e etc. Nós nos sentávamos em cima de uma velha árvore (que está lá ainda hoje) e começávamos a conversar sobre muitas coisa que meninos de sete a nove anos conversam, para os adultos amenidades, ou como dizem por lá 'bobisse'. Para nós era coisa séria, muito séria... Antonio de Pádua e eu nesta época fazíamos catecismo na paróquia de São Jorge, com o Padre Eduardo e com a tia Dulce, (eu devo confessar que não gostava mu

Fique ligado, Deus pode não estar mais aí...

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Eu não sei se sou normal, acho que não. Alguém já disse que se todo mundo ao seu redor está preocupado e você não, tem alguma coisa errada... Às vezes fico espantado com as coisas que penso, e são de se espantar mesmo. Um dia desses, eu estava em um aniversário de 15 anos e lá comecei a conversar sobre a religiosidade em que vivemos nestes últimos tempos, fiquei meio doido e comecei a discursar sobre o Deus que sente, que se compadece, que se importa com as pessoas... Não teve jeito, acabei falando algo que é duro, duro de falar e duro de ouvir, e na verdade eu acredito mesmo nas coisas que eu falo (bem, na maioria delas). Eu disse que quando Jesus sabe que tem uma "igreja" reunida em uma rua Ele passa na outra, pois o coração dele está mais próximo dos que sofrem que dos que celebram e buscam tudo para si em seu egoísmo. As pessoas vivem enganadas adorando a um "santo dos santos" vazio, uma ilusão. Adoram a uma entidade que sequer sabem quem é. Que vida dura e tola