Separando o melhor para semear
“E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco
também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará.
Cada
um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por
necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.” 2 Coríntios
9:6-7
Nas minhas andanças quando era missionário no interior de
Minas gerais eu via muita coisa interessante, aprendi muito com os mineiros que
tanto amo. Um dia saí para fazer uma visita a uma família que estava sendo
acompanhada pela igreja. Nesta visita eu cheguei à casa e o senhor tinha
acabado de chegar com uma parte da sua farta colheita de milho, Deus havia sido
generoso.
Eu estava conversando com ele e observando algo que ele
estava fazendo. Ele fazia uma seleção, separava algumas espigas e colocava em
balaio à parte. O que eu também notei é
que as que estavam sendo separadas eram as mais bonitas, sem defeito e
completamente cheias de milho. Não me aguentei, perguntei a ele o motivo
daquela seleção, ele me disse que estava separando as melhores espigas para o próximo
plantio. Antes mesmo de armazenar a colheita ele separava o que ia ser usado na
próxima plantação. E para plantar não eram as inferiores, mas as melhores
espigas, com os grãos mais bonitos.
Desde aquele dia, a mais de dez anos eu aprendi algumas
coisas, são três: a primeira é que não importa o tamanho da colheita atual, eu
preciso pensar na próxima plantação; a segunda é que eu devo separar o que
semear antes mesmo de separar o que vou consumir; e a terceira é que devo separar sempre o melhor para semear.
Do ponto de vista espiritual, as três observações que fiz
naquele dia se aplicam perfeitamente, pois a bíblia compara aquilo que ofertamos
com sementes, o ato de ofertar é chamado pelo apostolo Paulo de semeadura. Os
recursos que recebemos são na verdade uma colheita. Muitos de nós só pensamos
no agora, ficamos ali diante da colheita só pensando em consumir tudo aquilo e
mais um pouco, nada separamos para semear. A bíblia diz que quem semeia pouco,
pouco colhe. E que não semeia nada colhe.
Quando penso no que muitos separam para a semeadura eu
percebo a distancia que estamos daquele agricultor do interior de Minas, ele
separava as melhores espigas para semear novamente, mas muitos separam o que
lhes sobrou. Passam o tempo reclamando do que tem colhido, mas se esquecem da
qualidade e da quantidade do que semearam. Não se pode reclamar de nada.
Seja como aquele homem simples que conheci no interior de
Minas, que com a sua simplicidade me ensinou princípios to preciosos para minha
vida espiritual, seja fiel em sua colheita e criterioso em sua semeadura.
Um abraço, JM
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